quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A lenda do ouro enterrado

Em tempos de Brasil colônia muitas histórias geram lendas da atualidade, histórias conhecidas por seus enigmas desenhados pelo espaço de tempo e por um submundo ainda muito questionável

por Aline Borgmann

Quem já não ouviu qualquer história contada por uma avó ou um avô (que já morou no interior) sobre as lendas contadas nestas cidades distantes de tudo? A história que contarei neste relato me foi contada pela minha avó já falecida que  morava  em Augusto Pestana, RS.
Pois bem, este lugar em que minha avó relata é o lugar que me criei um lugar lindo, cultivado em minha família a praticamente quatro gerações, mas com uma história cheia de surpresas. Relatos que se vê a noite, bolas de fogo correndo pelos morros, espíritos de animais e barulhos de roda d’água inexistente na cachoeira do sítio.
Minha avó sempre via a noite, quando ao precisar ir ao banheiro (patente que era fora de casa) bolas de fogo correndo por entre as árvores e barulho de uma roda d’água. Ela contou que por muitas noites junto a um de seus filhos caminhava pelo potreiro por um bom tempo sem resultados.
Foi quando certa noite avistaram uma taipa. Como ela me disse um monte de pedras  enfileiradas com perfeição, uma espécie de quadrado  erguido  com pedras, uma cachoeira bem ao meio de tudo e uma pedra enorme ao lado. Foi quando enxergaram de longe a tal bola de fogo. A cachoeira e essa perfeição de paredão rochosa são parte do sítio até hoje e permanecem do mesmo jeito.
Ela contava que seus avôs falavam sobre histórias da época do Brasil colônia em que os ricos fazendeiros mesquinhos que  não  tinham a quem deixar sua herança, ou não o queriam fazer, enterravam o seu ouro em cavernas subteraneas, e jogavam seus escravos lá, para que mesmo depois da morte deles, as almas ainda continuassem a guardar o ouro.
Conta-se a lenda que quem retirasse o ouro era amaldiçoada e logo depois acabavam morrendo. Minha avó nunca ligou para isso, sem medo das maldiçoes, pois ela teria sido não uma almadiçoada e sim uma escolhida, sonhos com pistas e aparições lhe davam ainda mais certeza de que algo era existente ali, até quando sua saúde a possibilitou cavoucava por debaixo de pedras na tentativa de achar o ouro.
Seu filho homem mais novo também conta histórias de que já sonhou com o lugar onde estaria aquele ouro perdido, conta-se que os primeiro habitantes da família já eram avisados sobre a existência, contavam com as palavras de uma cartomante naquela época já muito distante que contara que apenas a quarta geração da família estava predestinada a achar.
Eu mesma já vi essas tal bolas de fogo que aparecem à noite e se vão assim como o piscar de olhos, talvez hoje busquem alguém que continue o que minha avó intermitente fazia ao longo de sua vida. Tenho relatos de pescadores que por muitas vezes invadiam a propriedade para fazer seus acampamentos e praticar a pescaria, já vi muitos saindo rapidamente quando a noite se parecia mais obscura que ao normal.
O vizinho mais próximo da propriedade acabou por escolher se mudar para outro lugar, que fosse longe de tudo aquilo, o pobre homem junto a sua família já não suportava ouvir sempre ao cair do sol nas sombras da escuridão os barulhos de um espírito vagando por ali, arrastando correntes, caminhando livremente pelo pátio de sua propriedade e vagando entre as peças de sua casa. 
Infelizmente minha avó morreu e até hoje nenhum de seus filhos ousou  abrir a tal taipa. A quarta geração da família já esta entre nós, e cresce, são ainda apenas desconhecidos diante desta história que assombra as quatro gerações. Uma história e lenda já formada que tem como principais protagonistas esta geração de pequenas crianças que certamente serão procurados por espíritos de luz de boas intenções para lhes mostrarem onde o ouro que é tão procurado por décadas e décadas se esconde.
Ao procurar informações na internet li que realmente naquela época alguns fazendeiros tinham este costume de  enterrar o seu ouro com seus escravos, e que já foi encontrado ouro nessas situações, mas há muito tempo atrás. Será  que realmente existe o ouro lá? É uma lenda a ser verificada, ou serão apenas conversas e projeções criadas por uma mente que tanto deseja que a história seja verdadeira? 

A lenda baseia-se na crença de almas de outro mundo. Só quando for descoberto o lugar onde o ouro foi enterrado é que a alma cessará de aparecer e vagar. Muitas outras histórias semelhantes podem ser ouvidas em várias outras cidades de nosso pampa, e, apesar de se ser mais uma história entre tantas, há muito que se temer e aguardar por seu desfecho desconhecido. Afinal, o sobrenatural existe, ele está à nossa volta.

5 comentários:

  1. Muito legal seu texto, estava aqui ouvindo as histórias do meu pai que viram as mesmas coisas na região da Bahia, e pesquisando aqui encontrei seu texto, muito bom!!! Boa sorte para encontrar o ouro!

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  2. Muito legal seu texto, estava aqui ouvindo as histórias do meu pai que viram as mesmas coisas na região da Bahia, e pesquisando aqui encontrei seu texto, muito bom!!! Boa sorte para encontrar o ouro!

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  3. tenho muitos detecxtores de metais

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  4. Vc tem wats
    Moro proximo a ijui
    Acho que posso te ajudar

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