Em tempos de Brasil colônia muitas histórias geram lendas da atualidade, histórias conhecidas por seus enigmas desenhados pelo espaço de tempo e por um submundo ainda muito questionável
por Aline
Borgmann
Quem já não ouviu qualquer
história contada por uma avó ou um avô (que já morou no interior) sobre as
lendas contadas nestas cidades distantes de tudo? A história que contarei neste
relato me foi contada pela minha avó já falecida que morava em Augusto
Pestana, RS.
Pois bem, este lugar
em que minha avó relata é o lugar que me criei um lugar lindo, cultivado em
minha família a praticamente quatro gerações, mas com uma história cheia de
surpresas. Relatos que se vê a noite, bolas de fogo correndo pelos morros, espíritos
de animais e barulhos de roda d’água inexistente na cachoeira do sítio.
Minha avó sempre via a noite, quando ao precisar ir ao banheiro (patente que era fora de casa) bolas de fogo correndo por entre as árvores e barulho de uma roda d’água. Ela contou que por muitas noites junto a um de seus filhos caminhava pelo potreiro por um bom tempo sem resultados.
Minha avó sempre via a noite, quando ao precisar ir ao banheiro (patente que era fora de casa) bolas de fogo correndo por entre as árvores e barulho de uma roda d’água. Ela contou que por muitas noites junto a um de seus filhos caminhava pelo potreiro por um bom tempo sem resultados.
Foi quando certa
noite avistaram uma taipa. Como ela me disse um monte de pedras
enfileiradas com perfeição, uma espécie de quadrado erguido com
pedras, uma cachoeira bem ao meio de tudo e uma pedra enorme ao lado. Foi
quando enxergaram de longe a tal bola de fogo. A cachoeira e essa
perfeição de paredão rochosa são parte do sítio até hoje e permanecem do mesmo
jeito.
Ela contava que seus
avôs falavam sobre histórias da época do Brasil colônia em que os ricos
fazendeiros mesquinhos que não tinham a quem deixar sua herança, ou
não o queriam fazer, enterravam o seu ouro em cavernas subteraneas, e jogavam
seus escravos lá, para que mesmo depois da morte deles, as almas ainda continuassem
a guardar o ouro.
Conta-se a lenda que
quem retirasse o ouro era amaldiçoada e logo depois acabavam morrendo. Minha
avó nunca ligou para isso, sem medo das maldiçoes, pois ela teria sido não uma
almadiçoada e sim uma escolhida, sonhos com pistas e aparições lhe davam ainda
mais certeza de que algo era existente ali, até quando sua saúde a possibilitou
cavoucava por debaixo de pedras na tentativa de achar o ouro.
Seu filho homem mais
novo também conta histórias de que já sonhou com o lugar onde estaria aquele
ouro perdido, conta-se que os primeiro habitantes da família já eram avisados
sobre a existência, contavam com as palavras de uma cartomante naquela época já
muito distante que contara que apenas a quarta geração da família estava
predestinada a achar.
Eu mesma já vi essas
tal bolas de fogo que aparecem à noite e se vão assim como o piscar de olhos,
talvez hoje busquem alguém que continue o que minha avó intermitente fazia ao
longo de sua vida. Tenho relatos de pescadores que por muitas vezes invadiam a
propriedade para fazer seus acampamentos e praticar a pescaria, já vi muitos
saindo rapidamente quando a noite se parecia mais obscura que ao normal.
O vizinho mais
próximo da propriedade acabou por escolher se mudar para outro lugar, que fosse
longe de tudo aquilo, o pobre homem junto a sua família já não suportava ouvir
sempre ao cair do sol nas sombras da escuridão os barulhos de um espírito
vagando por ali, arrastando correntes, caminhando livremente pelo pátio de sua
propriedade e vagando entre as peças de sua casa.
Infelizmente minha
avó morreu e até hoje nenhum de seus filhos ousou abrir a tal taipa. A
quarta geração da família já esta entre nós, e cresce, são ainda apenas
desconhecidos diante desta história que assombra as quatro gerações. Uma
história e lenda já formada que tem como principais protagonistas esta geração
de pequenas crianças que certamente serão procurados por espíritos de luz de boas
intenções para lhes mostrarem onde o ouro que é tão procurado por décadas e
décadas se esconde.
Ao procurar
informações na internet li que realmente naquela época alguns fazendeiros
tinham este costume de enterrar o seu ouro com seus escravos, e que já
foi encontrado ouro nessas situações, mas há muito tempo atrás. Será que
realmente existe o ouro lá? É uma lenda a ser verificada, ou serão apenas
conversas e projeções criadas por uma mente que tanto deseja que a história
seja verdadeira?
A lenda baseia-se na
crença de almas de outro mundo. Só quando for descoberto o lugar onde o ouro
foi enterrado é que a alma cessará de aparecer e vagar. Muitas outras histórias
semelhantes podem ser ouvidas em várias outras cidades de nosso pampa, e,
apesar de se ser mais uma história entre tantas, há muito que se temer e
aguardar por seu desfecho desconhecido. Afinal, o sobrenatural existe, ele está
à nossa volta.
Muito legal seu texto, estava aqui ouvindo as histórias do meu pai que viram as mesmas coisas na região da Bahia, e pesquisando aqui encontrei seu texto, muito bom!!! Boa sorte para encontrar o ouro!
ResponderExcluirMuito legal seu texto, estava aqui ouvindo as histórias do meu pai que viram as mesmas coisas na região da Bahia, e pesquisando aqui encontrei seu texto, muito bom!!! Boa sorte para encontrar o ouro!
ResponderExcluirjá tentaram tirar o ouro
ResponderExcluirtenho muitos detecxtores de metais
ResponderExcluirVc tem wats
ResponderExcluirMoro proximo a ijui
Acho que posso te ajudar